O pólen é o
conjunto dos minúsculos grãos produzidos pelas flores das angiospermas (ou
pelas pinhas masculinas das gimnospermas), que são os elementos reprodutores
masculinos ou microgametófitos, onde se encontram os gametas que vão fecundar
os óvulos, que posteriormente irão se transformar em sementes.
Características do pólen
Os grãos de pólen são normalmente arredondados,
embora os dos pinheiros sejam alados, e podem ser muito pequenos, apenas alguns
micra. O menor grão de pólen conhecido é o do Myosotis, com cerca de 6 μm (0.006 mm) de diâmetro. A forma e ornamentação dos grãos de pólen é
típica de cada família ou mesmo espécie de plantas.
O pólen contém uma grande proporção de proteínas (16 a 40 %) contendo todos os aminoácidos conhecidos, assim como numerosas vitaminas, principalmente as vitaminas C e PP, sendo a principal fonte de alimentação das abelhas. Outro importante produto
fabricado com pólen é a geleia real. Esta composição do pólen pode
ser responsável pelas alergias que lhe são atribuídas.
Pesquisas recentes indicam que o pólen é
o alimento mais completo e valioso da natureza, pois além de conter todos os aminoácidos essenciais ao organismo humano, também é rico em
oligoelementos minerais, fibras, hormônios vegetais e vitaminas (conforme
mencionado anteriormente). O pólen também estimula o funcionamento de todos os
órgãos internos, melhorando, inclusive, o desempenho sexual. Tem valor
nutritivo muito superior à carne ou à proteína de soja. Possui
propriedade antioxidante, antianêmica e auxiliar no tratamento preventivo da
Prost atitem. Pode ser utilizado no tratamento de anemias profundas visto que
eleva rapidamente a taxa de hemoglobina no sangue.
Estrutura e formação do pólen
Os grãos
de pólen são produzidos por meiose no microsporângio
das plantas
angiospermas,
que é o estame,
ou a escama masculina
das gimnospérmicas.
Cada grão
de pólen é um gametófito que contém dois núcelos
haplóides,
um maior que corresponde a uma célula
vegetativa
e outro menor que irá formar os gametas, que irão fecundar
a oosfera
e célula média, gametas femininos encerrados dentro do óvulo.
Esta
estrutura bicelular encontra-se dentro de numa parede de celulose,
a intina,
recoberta por um invólucro muito resistente de esporopolenina, um biopolímero
ligado a ceras
e proteínas. Esta camada externa é denominada exina e é composta de
três partes:
- tectum, que contém os elementos
esculturais que dão a forma exterior ao grão de pólen;
- columelas, uma estrutura em forma de
colunas; e
- base, uma estrutura sólida
formada sobre a intina.
Este
invólucro possui ainda pequenas aberturas (pontos de menor resistência) por
onde sairá o tubo polínico, que penetra no estigma
para fecundar o óvulo.
Monossulcado
Um grão
de pólen monossulcado é aquele que apresenta apenas uma abertura na sua exina. É o tipo polínico
predominante entre as Monocotiledôneas
e alguns grupos basais de Dicotiledôneas.
Acredita-se que seja o tipo mais primitivo
de grão de pólen, do qual todos os outros teriam sido originados. Esta teoria é
corroborada pela paleontologia, que constata a presença deste
tipo de grãos de pólen e sua predominância desde os primórdios da história
evolutiva das Angiospermas.
Trissulcado
Grão de
pólen trissulcado é aquele que apresenta 3 sulcos em sua exina. É o tipo polínico
predominante entre as Dicotiledôneas, sendo raros entre algumas
famílias basais, em outras famílias como Asteraceae
e Malvaceae,
e entre as Monocotiledôneas. A possibilidade do tubo polínico
desenvolver-se a partir de 3 pontos diferentes do grão de pólen parece
facilitar a fertilização dos pistilos, o que leva a crer que o pólen com 3 aberturas teria
sido um aprimoramento de um modelo polínico mais primitivo, com 1 abertura,
observado em tais famílias basais.